A partir do dia 12 de julho de 2025, os moradores da região de Presidente Prudente vão sentir um novo peso no bolso: a conta de luz ficará, em média, 19,05% mais cara. O reajuste tarifário foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e atinge os consumidores atendidos pela Energisa, distribuidora com sede em Presidente Prudente.
Além de Presidente Prudente, o reajuste atinge dezenas de cidades da região, como Presidente Venceslau, Presidente Epitácio, Álvares Machado, Alfredo Marcondes, Lucélia, Martinópolis, Osvaldo Cruz e Santo Anastácio. Além dessas, a concessionária também atende outras cidades na região, totalizando 24 municípios na área de abrangência. A mudança na tarifa afeta todos os perfis de consumo: residencial, comercial, industrial e rural.
População reage com preocupação
O anúncio do aumento gerou reações imediatas em Prudente e municípios vizinhos. Muitos moradores e comerciantes se dizem surpresos e preocupados com o reajuste acima da inflação.
“Já está difícil pagar o básico, e agora a conta vai subir quase 20%? É absurdo. Aqui em casa a gente economiza o que pode, mas não tem mágica”, reclama Rogério Silva, morador do bairro Anita Tiezi, em Presidente Prudente.
“No comércio, todo custo fixo interfere no preço final. Eu já estava segurando os aumentos para não perder clientes. Agora, com a luz mais cara, vai ficar insustentável”, desabafa Ana Paula Gomes, que tem uma padaria na cidade.
“Eu pago em média R$ 80 por mês. Com esse reajuste, deve passar para mais de R$ 100. Para quem ganha um salário mínimo, é muito pesado”, conta Luciana Ribeiro, diarista que mora no bairro Humberto Salvador.
ANEEL diz que processo é transparente
A ANEEL afirma que todo o processo passa por análise técnica e consulta pública, com participação da sociedade. O consumidor pode acessar os detalhes da composição tarifária nas faturas de energia, no site da Energisa ou diretamente na plataforma da ANEEL. O reajuste reflete o aumento de custos operacionais da Energisa, principalmente:
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Encargos setoriais, como a CDE e o Proinfa;
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Aumento dos preços da energia comprada;
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Componentes financeiros, como inadimplência e previsões de consumo anteriores.
Mesmo com o impacto no orçamento dos consumidores, a agência afirma que os cálculos seguem normas regulatórias que buscam garantir o equilíbrio econômico das distribuidoras.
Como reduzir o impacto?
Especialistas recomendam adotar medidas de economia de energia no dia a dia, como desligar aparelhos em stand-by, trocar lâmpadas por modelos LED e evitar o uso prolongado de eletrodomésticos de alto consumo.
Também é possível verificar se a família tem direito à Tarifa Social de Energia Elétrica, um programa que oferece descontos de até 65% na conta de luz para famílias de baixa renda.