Com o início das férias escolares e o aumento da permanência das crianças em casa, o Corpo de Bombeiros de Presidente Prudente reforça uma série de orientações de segurança para prevenir acidentes comuns neste período. Quedas, queimaduras, intoxicações e afogamentos são algumas das ocorrências que mais preocupam a corporação durante as férias de julho.
De acordo com o tenente Fernando Castanho, do 14º Grupamento do Corpo de Bombeiros, a atenção redobrada por parte dos pais e responsáveis é fundamental. “Um ambiente organizado e supervisionado reduz significativamente os riscos. Acidentes acontecem em frações de segundo. A criança, por sua curiosidade natural, muitas vezes não reconhece o perigo ao qual está exposta”, afirma.
Acidentes Domésticos: os perigos silenciosos do dia a dia
Dentro de casa, os riscos são diversos — e muitas vezes subestimados. Um dos principais perigos apontados pelos bombeiros está relacionado a quedas em escadas e móveis. É comum que crianças pequenas tentem escalar móveis ou desçam escadas sozinhas, o que pode levar a fraturas ou traumas graves.
Outro ponto crítico são os produtos de limpeza, como água sanitária, desinfetantes e detergentes. “Esses produtos devem estar sempre fora do alcance dos pequenos. Em caso de ingestão, as consequências podem ser gravíssimas e, muitas vezes, fatais”, alerta o tenente.
Na cozinha, a atenção deve ser redobrada com panelas e alimentos quentes. Panelas com o cabo virado para fora do fogão são facilmente puxadas pelas crianças, o que pode causar queimaduras de alto grau, especialmente em casos de fritura.
Além disso, os brinquedos com peças pequenas, como moedas ou botões, representam risco de engasgo e asfixia. A recomendação é sempre verificar a faixa etária indicada e manter objetos pequenos longe do alcance dos menores de três anos.
Brincadeiras ao ar livre exigem cuidado redobrado
As atividades externas, típicas do período de férias, também merecem atenção especial. Uma das brincadeiras mais tradicionais entre crianças e adolescentes é a de soltar pipa. No entanto, essa prática, quando realizada em locais inadequados, pode levar a sérios acidentes.
“Jamais solte pipas próximo à rede elétrica ou em vias públicas. Há risco de choque elétrico, quedas e atropelamentos. O ideal é escolher áreas abertas, como campos ou parques, longe da fiação e do trânsito”, recomenda Castanho.
Já nas áreas de lazer com piscinas, rios ou balneários, o alerta é para o risco de afogamentos, que muitas vezes ocorrem de forma silenciosa. Mesmo em locais rasos, uma criança pode se afogar em questão de segundos. Por isso, a supervisão deve ser constante — e jamais delegada a outras crianças.
Prevenção e diálogo: papel dos pais e responsáveis
Mais do que monitorar, os pais e responsáveis devem criar um ambiente seguro e dialogar com os filhos sobre os riscos existentes. “A criança não tem a mesma noção de perigo que um adulto. Por isso, explicar os motivos dos cuidados e impor limites é uma forma eficaz de proteção”, salienta o tenente Fernando Castanho.
Ele também destaca que, em caso de emergência, o ideal é acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193, fornecendo informações claras sobre o ocorrido.
Dicas rápidas de segurança:
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Instale portões ou barreiras em escadas e sacadas;
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Guarde produtos de limpeza em armários altos e trancados;
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Mantenha os cabos das panelas virados para dentro do fogão;
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Evite deixar objetos pequenos ao alcance das crianças;
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Solte pipas apenas em locais abertos e longe da rede elétrica;
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Nunca deixe crianças sozinhas na água, mesmo que saibam nadar;
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Oriente as crianças mais velhas sobre regras de segurança.
📞 Serviço:
Em caso de acidentes ou situações de risco, entre em contato com o Corpo de Bombeiros pelo 193. A ligação é gratuita e funciona 24 horas por dia.