A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), está na fase final dos estudos que irão definir o novo modelo do transporte coletivo urbano. O projeto tem como principal objetivo tornar o sistema mais ágil, eficiente e seguro, acompanhando o crescimento da cidade e as novas demandas dos usuários.
De acordo com o secretário da Semob, Adauto Bibiano, o plano está sendo concluído a partir de análises técnicas e de um estudo elaborado pelo arquiteto e urbanista Dr. Rogério Penna Quintanilha, ex-professor da Unoeste e da FCT-Unesp, e atualmente docente associado da Universidade Federal de Pelotas (RS). A proposta prevê uma ampla reestruturação das linhas e horários, com intervalos máximos de 30 minutos e rotas redesenhadas para melhorar o fluxo em horários de pico.
“A ideia do novo modelo não é apenas ampliar as linhas, mas reformular todo o sistema, aumentando a frequência, a velocidade e a abrangência. O modelo atual está ultrapassado, mas, com essa reforma, poderemos implantar técnicas mais modernas, como linhas expressas e perimetrais, melhor aproveitamento dos terminais urbanos e, futuramente, faixas exclusivas, sincronia semafórica e veículos articulados”, explicou o professor Quintanilha.
Além do estudo técnico de Quintanilha, a Semob também analisou dados de desempenho operacional e de demanda de passageiros. Nesta etapa final, o foco será a participação popular, por meio de enquetes nas redes sociais e audiência pública que será marcada nas próximas semanas.
“Queremos construir um sistema moderno, que garanta deslocamento ágil, seguro e confortável para todos os prudentinos”, reforçou o secretário Adauto Bibiano.
Tarifa Zero impulsionou retomada do sistema
O primeiro passo da reestruturação começou em junho deste ano, com a adoção da Tarifa Zero aos fins de semana, medida que resultou em um aumento de 40% no número de passageiros. A iniciativa integra uma série de ações voltadas à melhoria da mobilidade urbana, incluindo intervenções viárias nas avenidas Washington Luiz e Manoel Goulart, com o objetivo de desafogar o trânsito e aumentar a segurança.
Nos últimos meses, a administração também entregou 25 novos ônibus ao sistema municipal, renovando parte significativa da frota e garantindo mais conforto aos usuários. A expectativa é que o novo modelo entre em fase de implementação a partir de 2026, após a consolidação dos estudos e da consulta pública.
Histórico do transporte coletivo prudentino
O transporte coletivo em Presidente Prudente começou a ser regulamentado na década de 1950, com concessões que atendiam distritos e a primeira linha urbana entre o centro e o aeroporto. Em 1963, a empresa Transporte Coletivo Brasília inaugurou quatro linhas dentro da cidade, marcando o início da operação regular.
Desde então, o sistema passou por diversas transformações e tentativas de modernização — com planos elaborados em 1991, 2014 e 2024. Todos propuseram linhas troncais, integração entre terminais e sistemas interligados, mas ainda não foram integralmente implementados.
Com o novo plano em fase final de ajustes, a Prefeitura busca romper um ciclo de defasagem e reposicionar o transporte público como eixo estratégico da mobilidade urbana prudentina, alinhado às tendências de sustentabilidade, tecnologia e eficiência.
