Um levantamento realizado pelo Portal Oeste Cidade revela a dimensão dos afastamentos médicos o famoso “atestados” entre os servidores municipais. De acordo com os dados, foram registrados 9.931 atestados médicos, resultando em 53.345 dias de ausência no trabalho.
A quantidade de afastamentos tem reflexos no funcionamento da administração municipal. Durante o período em que permanecem licenciados, os servidores continuam recebendo salários, enquanto a Prefeitura precisa remanejar equipes, recorrer a contratações temporárias ou, em algumas situações, reduzir o ritmo de atendimento.

Secretarias mais impactadas
Os números mostram que a Secretaria de Educação lidera os afastamentos, com 5.741 atestados que somaram 28.444 dias de ausência. Na prática, isso significa escolas e creches funcionando com déficit de professores e funcionários, sobrecarregando os profissionais que permanecem em atividade e comprometendo o aprendizado dos alunos.
Na Secretaria de Saúde, o quadro também preocupa: foram 3.046 atestados, representando 14.887 dias de afastamentos. O impacto atinge diretamente a rede de atenção básica, hospitais e unidades de pronto atendimento, gerando sobrecarga em equipes reduzidas e atraso em consultas, exames e procedimentos.
Outras secretarias afetadas
A Secretaria de Assistência Social aparece com 303 afastamentos, somando 3.438 dias, o que reflete em atrasos em programas sociais e no atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade. Já a Secretaria de Administração registrou 298 atestados, totalizando 2.830 dias de licença, afetando processos internos e burocráticos da máquina pública.

Prejuízo à gestão pública
No total, os 53.345 dias de afastamentos equivalem a mais de 146 anos de trabalho perdidos, se contados de forma contínua. Esse cenário gera um prejuízo duplo: financeiro, já que os salários são mantidos, e funcional, com queda na produtividade e sobrecarga de equipes reduzidas.
Especialistas em gestão pública ressaltam que altos índices de afastamento podem estar ligados a diversos fatores como estresse ocupacional e doenças recorrentes.
Em muitos casos o maior prejudicado e a população que sente os reflexos diretamente nos serviços essenciais, como saúde e educação, que seguem sendo os setores mais impactados pelos afastamentos.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Presidente Prudente informou que reconhece a importância da garantia dos direitos dos trabalhadores e a necessidade de afastamentos médicos quando devidamente justificados. No entanto, destacou que o alto número de atestados impacta diretamente nos serviços prestados à população, especialmente em áreas essenciais como saúde e educação.