A partir da próxima terça-feira, 1º de julho, os motoristas que trafegarem pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270) pagarão mais caro nas praças de pedágio. A Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) publicou no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (24), a autorização para o reajuste das tarifas nas rodovias concedidas à iniciativa privada.
Segundo a agência, os valores foram atualizados com base nas cláusulas contratuais de reajuste anual, que levam em consideração o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além disso, a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) aplicou medidas cautelares para compensar desequilíbrios econômico-financeiros em sete trechos de concessão.
Confira abaixo como ficam as novas tarifas, os valores anteriores e o percentual de aumento real por praça:
🛣️ Praça de Pedágio – Rancharia
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Tarifa anterior: R$ 9,90
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Nova tarifa: R$ 10,40
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Aumento: R$ 0,50 (+5,05%)
🛣️ Praça de Pedágio – Regente Feijó
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Tarifa anterior: R$ 9,90
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Nova tarifa: R$ 10,40
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Aumento: R$ 0,50 (+5,05%)
🛣️ Praça de Pedágio – Presidente Bernardes
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Tarifa anterior: R$ 13,00
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Nova tarifa: R$ 13,70
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Aumento: R$ 0,70 (+5,38%)
🛣️ Praça de Pedágio – Caiuá
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Tarifa anterior: R$ 9,80
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Nova tarifa: R$ 10,30
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Aumento: R$ 0,50 (+5,10%)
Os valores para veículos comerciais seguem a proporcionalidade por eixo, sendo cobrada metade da tarifa base por eixo adicional. Por exemplo, um caminhão com dois eixos adicionais pagará R$ 10,40 + R$ 10,40 = R$ 20,80 na praça de Rancharia.
Repercussão entre motoristas
O reajuste, embora compatível com a inflação oficial, tem causado preocupação entre usuários frequentes da rodovia. Eduardo Nascimento, caminhoneiro, afirma que “já enfrentamos muitos custos no dia a dia, como combustível e manutenção, e esse aumento no pedágio só aumenta as despesas, tornando o trabalho mais difícil”.
Luciana Prado, representante comercial, destaca o impacto financeiro: “Para quem utiliza a rodovia diariamente, o acréscimo parece pequeno, mas no acumulado no fim do mês pesa bastante no orçamento.”
Já Valmir Souza, também caminhoneiro, aponta que o valor do frete não acompanha esses reajustes: “O aumento no pedágio acaba sendo mais uma despesa que não conseguimos repassar aos clientes.”
Artesp explica reajuste
A Artesp reforça que os reajustes são necessários para manter o equilíbrio financeiro dos contratos de concessão, além de garantir a continuidade dos serviços de manutenção, operação e investimentos nas rodovias. A atualização ocorre anualmente, conforme previsto contratualmente.