Na manhã desta terça-feira (17), por volta das 8h40, os policiais militares foram acionados via COPOM para atender a uma ocorrência de invasão de domicílio na Rua Doutor Gurgel, nº 1513, no Centro da cidade.
De acordo com informações fornecidas no local, um vizinho avistou um indivíduo pulando o muro de uma casa desocupada, destinada à locação, e imediatamente acionou a polícia. Os policiais chegaram rapidamente ao endereço e, mesmo com a residência fechada, ouviram ruídos metálicos vindos de dentro do imóvel — sons compatíveis com o desmonte de equipamentos.
A equipe policial acessou os fundos da casa por um estacionamento lateral e um terreno baldio vizinho. Lá, flagraram um homem, de 39 anos, transpondo novamente o muro da residência com uma mochila nas costas. Ao avistar os policiais, ele ainda tentou se desvencilhar dos objetos furtados, jogando a mochila no chão.
Na abordagem, o suspeito confessou que havia invadido o local com o objetivo de furtar materiais de cobre. Dentro da mochila foram encontrados diversos itens subtraídos da residência, incluindo tubulações de cobre de dois aparelhos de ar-condicionado desmontados, duas torneiras, uma luminária de emergência, um temporizador digital de energia e ferramentas utilizadas no crime, como tesoura de corte, facas, chave falsa e chave de fenda.
O proprietário do imóvel, foi chamado ao local e constatou os danos. Segundo ele, além da destruição dos aparelhos de ar-condicionado, o vidro blindex da porta frontal havia sido danificado.
Durante o interrogatório, o suspeito confirmou o crime e disse que agiu por desespero: precisava pagar uma dívida contraída por sua esposa até o meio-dia daquele dia. Declarou ainda que pretendia vender os objetos furtados para quitar o débito e que tem filhos menores. Ele afirmou também ser usuário de drogas e negou ter sofrido qualquer agressão durante a abordagem policial.
Apesar de afirmar não possuir antecedentes, a análise de sua ficha revelou uma longa trajetória criminal, com ocorrências registradas desde 2014 por crimes como furto, ameaça, violência doméstica e descumprimento da Lei Maria da Penha.
Diante da reincidência e da gravidade do delito, a autoridade policial solicitou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, destacando o risco que sua liberdade representaria à ordem pública, dado o modus operandi e o histórico de delitos patrimoniais.