Completou nesta terça-feira (22) uma semana da morte trágica do jovem Thalles Henrique de Souza Santos, de 19 anos, vítima de um homicídio brutal no bairro Jardim Vale do Sol, em Presidente Prudente. O crime, que chocou moradores da cidade e da região, teve como suspeitos um homem de 51 anos e seu filho, de 17 anos, que seguem foragidos. A Justiça já decretou a prisão preventiva do pai e a internação provisória do adolescente.
De acordo com a Polícia Civil, Thalles foi assassinado por volta das 14h do dia 15 de julho, em frente à casa onde morava com sua companheira. A motivação seria uma discussão com o proprietário do imóvel alugado. Segundo a investigação, os dois suspeitos atacaram o jovem com extrema violência: primeiro com golpes de enxada pelo pai e, em seguida, pelo filho que utilizou uma chave de fenda três golpes fatais.
A companheira da vítima presenciou o crime e conseguiu registrar imagens dos suspeitos e dos veículos usados na fuga. O jovem trabalhava como frentista e completaria 20 anos na quarta-feira seguinte ao crime.
Prisões decretadas e buscas em andamento
O delegado Claudinei Alves, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concedeu nesta tarde entrevista ao Portal Oeste Cidade, e informou que, no mesmo dia do crime, a Polícia Civil já havia identificado os autores e solicitado à Justiça os mandados de prisão e internação. Desde então, as equipes estão em diligências constantes para localizar pai e filho, que já são considerados foragidos.
“Temos informações robustas sobre o envolvimento dos dois. A autoria já está identificada e o crime é qualificado, com agravantes. Já cumprimos parte dos mandados, inclusive localizamos a caminhonete usada por eles, mas até agora não os encontramos. Não estão mais na cidade, já fizemos buscas em todos os locais possíveis”, afirmou o delegado.
A Polícia acredita que a fuga foi premeditada. O outro carro utilizado no dia do crime ainda não foi encontrado.
Crime que poderia ter sido evitado
O delegado reforçou que a violência do crime e a frieza com que foi cometido causaram indignação até mesmo entre os agentes de segurança. “As pessoas estão cada vez mais impacientes, e infelizmente muitos acreditam que uma briga resolve tudo. Não é assim. Esse crime poderia ter sido resolvido com diálogo ou por meios legais, mas agora resultou em uma tragédia irreparável”, destacou Claudinei Alves.
A investigação aponta que o crime foi cometido com requintes de crueldade, o que configura homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A Polícia Civil segue investigando o paradeiro dos suspeitos e reitera o pedido de ajuda à população para qualquer informação que leve à localização dos foragidos.
Mãe de Thalles usa redes sociais e pede prisão dos acusados
Abalada pela perda irreparável, a mãe de Thalles, Luciana Souza, tem usado as redes sociais para pedir justiça pelo assassinato brutal de seu filho, ocorrido há uma semana em Presidente Prudente. Em publicações ela compartilha imagens dos suspeitos, cobrando agilidade na prisão de pai e filho, apontados como autores do crime.
“Meu filho foi morto de forma covarde, sem chance de defesa. Não vou descansar enquanto esses dois não forem presos. Quero justiça!”. A mãe também agradeceu o apoio que tem recebido de amigos, familiares e desconhecidos, que se solidarizaram com a dor da família.
Além de clamar por justiça, ela tem usado as plataformas digitais como instrumento de denúncia, publicando fotos e informações dos foragidos. O objetivo, segundo ela, é manter o caso em evidência e colaborar com o trabalho da Polícia Civil.
“A dor de perder um filho é indescritível. Só quem passa por isso entende. Meu iria fazer 20 anos, ele tinha sonhos, trabalhava, tinha planos. Tiraram tudo isso de forma cruel. Só peço que esses assassinos paguem pelo que fizeram”, declarou emocionada.
O apelo da mãe de Thalles tem comovido internautas e reforça a pressão para que os autores do crime sejam localizados e responsabilizados judicialmente. A família segue acompanhando de perto as investigações e espera que, em breve, os suspeitos estejam atrás das grades.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima
A Polícia Civil reforça o apelo à população para que contribua com informações que possam levar à localização dos suspeitos do homicídio do jovem Thalles Santos. Qualquer dado, mesmo que aparentemente simples, pode ser fundamental para o avanço das investigações.
As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 197, canal oficial da Polícia Civil. O sigilo é garantido, e o denunciante não precisa se identificar.
“Contamos com a colaboração da sociedade. Essa é uma investigação sensível e qualquer informação pode ser decisiva para capturarmos os envolvidos. A denúncia anônima é segura e ajuda muito o trabalho policial”, afirmou o delegado Claudinei Alves, responsável pelo caso.
A Polícia Civil segue em diligências constantes e lembra que os dois suspeitos já são considerados foragidos da Justiça, com mandados de prisão e internação em aberto.
