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12 de agosto de 2025
Oeste Cidade
PAPO RETO

Barroso cansou? Talvez seja hora de ouvir o Paulo Figueiredo

Ei, dá uma olhada nessa notícia: o ministro Luís Roberto Barroso anunciou que, ao deixar a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), cogita pedir aposentadoria. Tá cansado, será? Não dá para negar que os últimos anos foram puxados. Mas também… não foi pouco o que ele mesmo escolheu carregar.

Barroso deixou de lado o papel institucional esperado de um ministro da mais alta corte do país para assumir uma figura política — e, como ele próprio admitiu, acabou politizando o STF. Aquela velha frase dele, “eleição não se ganha, se toma”, ainda ecoa nos ouvidos de muita gente como um símbolo do que foi essa fase: um Supremo que passou a atuar como protagonista de embates políticos e ideológicos.

Esse tipo de atuação cobra um preço. Desgasta. E talvez por isso a ideia da aposentadoria pareça tão atrativa. Mas há quem diga que a motivação pode ir além do cansaço. Barroso tem imóvel em Orlando, nos Estados Unidos. E em tempos em que nomes da cúpula do Judiciário brasileiro começam a ser olhados com mais atenção no exterior — como no caso de Alexandre de Moraes, incluído em uma lista de possíveis sanções norte-americanas —, não seria estranho supor que a aposentadoria pode ser também uma estratégia para se afastar dos holofotes e, quem sabe, de eventuais responsabilizações internacionais.

Se for isso, uma dica: talvez o ministro Barroso devesse ouvir mais o comentarista Paulo Figueiredo. Ele tem falado com frequência sobre como os EUA operam dentro da legalidade, da regra do jogo. E tem deixado claro que o que está sendo analisado lá fora é o que já foi feito, quem provocou e quem permitiu que determinadas violações acontecessem.

Aposentar pode não resolver. Talvez, ministro, permanecer no cargo, tentar corrigir os rumos, resgatar o papel institucional e técnico do STF, seja mais eficiente — inclusive como proteção. Porque o mundo está vendo. E cada vez mais atento.

Vale refletir. E talvez, sim, ouvir um pouco o que o Paulo Figueiredo tem dito. Pode ajudar.

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