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26 de outubro de 2025
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PAPO RETO

Reflexão sobre “A Quinta dos Infernos” – do amigo Pérsio Issac

O trecho da crônica “A Quinta dos Infernos”, de Pérsio Issac, é mais do que uma denúncia — é um espelho da alma do Brasil.
Quando o autor descreve que “ao se aposentar, o Dr. LINCOLN e o Dr. MEDINA correm o risco de se tornarem vítimas da ingratidão da máquina pública”, ele não fala apenas desses personagens: fala de todos aqueles que servem o país com honestidade e são esquecidos por ele.

Essa passagem é um retrato fiel de um sistema que exige sacrifício e entrega, mas que retribui com abandono. Um país que não valoriza seus servidores íntegros está condenado à própria ruína moral.
O dilema que Pérsio Issac aponta — “a linha entre herói e vítima é tênue e cruel” — é a essência da tragédia brasileira: quem escolhe a honra paga caro, enquanto quem escolhe a covardia é premiado.

A força dessa crônica está em revelar o que muitos preferem ignorar: a indiferença política do cidadão é o combustível da impunidade dos poderosos.
Enquanto o povo não compreender que o mal maior não está apenas nos corruptos, mas também na apatia dos que se calam, continuaremos vendo heróis virarem vítimas de um sistema que despreza a ética e a coragem.

O autor nos convoca a uma reflexão dura, mas necessária: ou resgatamos a honra como valor coletivo, ou seremos todos cúmplices da decadência moral do país.
O legado de Dr. Rui, Dr. Lincoln e Dr. Medina deve despertar em nós uma revolta cívica, como diz o próprio texto — não uma revolta de ódio, mas de consciência.

Porque enquanto o brasileiro não se inteirar, não questionar, e não se envolver, continuará sendo apenas espectador de um espetáculo onde os vilões são aplaudidos e os justos são esquecidos

Adolfo Padilha

Segue link do texto do autor:

A SOMBRA LONGA DA OMISSÃO: HERÓIS, VÍTIMAS E O PREÇO DA CORAGEM

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