Mais do que pedir a anulação do processo, Fux dá uma aula de Direito, ensina seus parceiros ali da bancada, que são indicados politicamente, porque Dino nunca foi juiz. Dino passou no concurso para juiz federal, mas logo assumiu o governo do Maranhão e foi, na minha opinião, o pior governador da história do Estado — o Maranhão é pobre até hoje.
Fux dá uma luz até para nós que nos formamos em Direito, mostrando que ainda tem alguém lá dentro que entende e sabe que a Constituição foi rasgada em todos os seus aspectos.
Fux, mais do que um voto, dá uma aula de sabedoria jurídica, porque é um juiz concursado e competente. Nem terminou o voto dele ainda, mas já se abre uma luz no fim do túnel — não pelas pessoas que fazem parte do processo e que estão sendo acusadas, mas por termos alguém lá que acende uma luz e pode despertar nos outros que conhecemos, que sabem e entendem de Direito, de que o caminho que estavam seguindo é uma escuridão plena para a nossa Constituição Federal e para a democracia do país.
Fux, por enquanto, lava a alma daqueles que só querem que o Direito seja aplicado da forma correta. Não escolhemos candidato, mas também não podemos definir quem é bandido, ainda mais quando isso é feito por membros que deveriam defender o Direito e a lei que nos protege.
Esse é o grande problema. Aqueles que estão lá são a Suprema Corte — cabe a eles defender os direitos de todos nós e garantir que a lei seja aplicada, analisando os autos de forma técnica, não com paixão, revanchismo, vingança ou desejo de prejudicar o réu ou seu opositor.
Está evidente que isso estava acontecendo por uns e outros ali, que vocês conhecem muito bem: Alexandre, Moraes, Dino, enfim, Zanin, Gilmar Mendes.
Mas acendeu uma luz aí. O Brasil pode e deve voltar aos trilhos — e rapidamente.
