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5 de julho de 2025
Oeste Cidade
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Sindicalista critica reajuste de políticos, mas salário dela supera do governador SP

A recente aprovação dos aumentos salariais para vereadores, prefeito, vice e secretários municipais de Presidente Prudente (SP) gerou grande repercussão na cidade. A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Luciana Telles, fez duras críticas aos reajustes, que foram aprovados para vigorar a partir de 2029.

“É revoltante e causa indignação. Dizem que não há recursos, que é preciso economizar, mas aprovam aumentos na calada da noite. Enquanto isso, servidores estão com licenças-prêmio atrasadas, não conseguem vender 10 dias de férias e estão há anos sem aumento real nos salários”, disse a sindicalista a TV Fronteira.

Reajustes aprovados pela Câmara de Presidente Prudente

Os parlamentares aprovaram os seguintes aumentos, válidos para a legislatura de 2029 a 2032:

  • Vereadores: aumento de 97,1%R$ 13.826,21

  • Presidente da Câmara: aumento de 73,5%R$ 17.387,32

  • Vice-prefeito e secretários: aumento de 48,32%R$ 20.975,34

  • Prefeito: aumento de 20,85%R$ 34.183,19

Também foi aprovada a ampliação do número de cadeiras de 13 para 19 vereadores a partir de 2029.

Salário de sindicalista ultrapassa o do governador de São Paulo

Apesar das críticas, a própria sindicalista passou a ser alvo de questionamentos após o Portal Oeste Cidade acessar o Portal da Transparência de Presidente Prudente. Luciana Telles é servidora efetiva como professora de educação infantil e, nos últimos meses, teve vencimentos superiores aos de muitos cargos de alto escalão.

Veja os valores:

  • Abril de 2025: R$ 44.912,45 (incluindo licença-prêmio)

  • Maio de 2025: R$ 16.134,96

  • Junho de 2025: R$ 24.158,39

Além de professora municipal em Presidente Prudente, Luciana também é professora da rede estadual de ensino.  Em abril, Luciana recebeu mais do que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que passou a receber R$ 36.301,53 mensais a partir de junho de 2025.

Recebe da Prefeitura sem estar em sala de aula

Outro ponto que chama atenção é que Luciana não está atualmente lecionando. Ela está afastada de suas funções como professora para atuar exclusivamente como presidente do sindicato, mas continua recebendo integralmente seus vencimentos da Prefeitura.

O afastamento é legal, com base na legislação sindical, mas a situação gerou críticas, pois os salários pagos são custeados com dinheiro público, mesmo sem prestação direta de serviço à educação municipal.

Contradição entre discurso e prática?

A polêmica acende um debate sobre coerência entre o discurso sindical e a realidade de parte do funcionalismo público. Enquanto Luciana Telles denuncia falta de valorização e reajuste salarial para a base da categoria, seus vencimentos mensais – mesmo sem estar em sala de aula – superou em  os de cargos como o de governador de São Paulo.

Até o momento, a sindicalista não se manifestou oficialmente sobre os valores recebidos nem sobre o acúmulo de função sindical com salário público.

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