Um homem já conhecido nos meios policiais por envolvimento reiterado com o tráfico de drogas foi preso em flagrante na tarde deste sábado (28), na cidade de Presidente Prudente. O homem, de 28 anos, que havia saído do sistema prisional há menos de dois meses e estava foragido após ser condenado por tráfico.
A prisão ocorreu após uma denúncia anônima feita diretamente a uma equipe da Polícia Militar durante patrulhamento. A informação indicava que o suspeito, mesmo condenado e com ordem de prisão em aberto, continuava atuando no tráfico de entorpecentes em um imóvel localizado na Vila Verinha. A denúncia também apontava que ele teria recebido recentemente uma remessa de crack para revenda. Com base nas características detalhadas da residência, os policiais se dirigiram ao local e, ao se aproximarem, observaram um jovem no quintal que, ao notar a presença da viatura, correu para o interior da casa.
Diante da suspeita, os agentes entraram no imóvel e localizaram o rapaz. Durante a revista pessoal, foi encontrada em seu bolso uma pedra de crack in natura com aproximadamente 10 gramas, além de uma cédula de R$ 100 e um telefone celular. Confrontado informalmente, ele admitiu que estava vendendo a droga para sustentar-se e informou que havia outra pedra, ainda maior, dentro de uma pasta no quarto. A substância foi localizada e totalizava cerca de 28 gramas da mesma droga.
No decorrer da diligência, outras substâncias entorpecentes foram encontradas espalhadas por diferentes cômodos da residência. Em cima de uma cômoda no quarto, os policiais localizaram dois invólucros contendo cocaína, pesando pouco mais de 2 gramas. Também no quarto, dentro de uma mochila, havia um tablete de maconha com mais de 100 gramas. Na cozinha, uma porção de haxixe foi encontrada dentro da geladeira. No quintal, dentro de um pneu, havia mais uma porção considerável de maconha. Além das drogas, foram apreendidos R$ 126 em dinheiro trocado — característico da venda fracionada — e uma balança de precisão, objeto comumente utilizado para pesar entorpecentes antes da comercialização.
O suspeito optou por permanecer em silêncio ao ser formalmente interrogado na delegacia, exercendo seu direito constitucional. No entanto, sua extensa ficha criminal e o material apreendido reforçaram a gravidade da situação. Segundo a Polícia Civil, o suspeito já havia sido processado anteriormente por tráfico de drogas em três ocasiões e por receptação em duas. Ainda de acordo com os registros policiais, ele havia deixado o sistema prisional no último dia 9 de maio, o que evidenciaria reincidência específica e indicaria que o tráfico continua sendo seu principal meio de subsistência.
Com base nos elementos colhidos — confissão informal, apreensão de diferentes tipos de drogas, valores em dinheiro e utensílios associados ao tráfico —, o delegado responsável considerou caracterizado o estado de flagrância e lavrou o auto de prisão em flagrante delito. A autoridade policial também representou pela conversão da prisão em preventiva, alegando risco à ordem pública, periculosidade social do indiciado, risco de fuga e continuidade delitiva, dada sua recente saída do cárcere e já demonstrada evasão anterior.
Além disso, foi solicitada judicialmente a quebra do sigilo de dados do celular apreendido com o rapaz. A intenção é analisar arquivos, mensagens, contatos e históricos de chamadas que possam revelar conexões com outros indivíduos envolvidos na comercialização e distribuição de drogas. A Polícia também pleiteou a destruição dos entorpecentes apreendidos, respeitando os procedimentos legais da Lei de Drogas, após a coleta de amostras para exames definitivos.
O rapaz permanece detido e aguarda a decisão do Poder Judiciário quanto à manutenção de sua prisão preventiva.