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24 de outubro de 2025
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POLÍCIA

Operação frustra plano de atentado contra autoridades na região de Presidente Prudente

Uma ação conjunta entre a Polícia Civil, o Ministério Público, a Polícia Militar e a Polícia Penal desarticulou um plano de atentado que tinha como alvos o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios da Região Oeste do Estado, Roberto Medina. A ofensiva, batizada de Operação Recon, foi deflagrada nesta sexta-feira (24) na região de Presidente Prudente (SP), após meses de investigação que apontaram a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na preparação dos ataques.

A operação é conduzida pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC 8, com apoio da Unidade de Inteligência do DEINTER 8, do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público e da Polícia Penal.

Ao todo, 25 mandados de busca domiciliar foram cumpridos simultaneamente em sete municípios da região: Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1).

Ao todo, 25 mandados de busca domiciliar foram cumpridos simultaneamente em sete municípios da região. Foto: Deinter 8

Como plano foi descoberto

Segundo as investigações, que tramitam sob sigilo, teve início em julho, após a prisão de um homem por tráfico de drogas, em análise do celular apreendido com Vitor Hugo da Silva, conhecido como VH, os policiais descobriram indícios de um plano para assassinar o coordenador de presídios Roberto Medina e o promotor Lincoln Gakiya.

A policia após pericia no aparelho encontrou registros detalhados sobre a rotina de Medina, incluindo fotos e vídeos que mostravam o trajeto diário do servidor público entre sua residência e o local de trabalho. Em conversas interceptadas, os criminosos demonstravam preocupação com a possibilidade de serem filmados nas proximidades da casa da vítima.

A policia descobriu que esses dois carros ficavam monitorando a rotina e o dia a dia para mapear todo trajeto. Foto: MPSP

Com base nessas informações, os investigadores chegaram até Wellison Rodrigo Bispo de Almeida, o Corinthinha, também apontado como integrante do PCC. Ele foi preso durante as diligências. Embora morasse em Martinópolis, havia alugado uma chácara em Presidente Bernardes, a cerca de 50 quilômetros de distância. Em depoimento, afirmou que se refugiou no local por temer represálias de um policial, mas a polícia acredita que ele estava na região por determinação da facção criminosa, com a missão de monitorar os passos de Medina.

Outro suspeito identificado foi Sérgio Garcia da Silva, o Messi, detido em 26 de setembro, também por tráfico de drogas. Em seu celular, encontrado escondido sob um travesseiro, havia conversas que reforçaram o elo com o plano de atentado não só contra Medina, mas também contra o promotor de Justiça Lincoln Gakyia. Entre as provas, os policiais localizaram capturas de tela com o trajeto percorrido pelo promotor entre sua casa e o trabalho.

Está casa os suspeitos haviam alugado a menos de um quilômetro do condomínio onde Gakyia mora em Prudente. Foto: MPSP

As investigações mostraram ainda que os suspeitos haviam alugado uma residência a menos de um quilômetro do condomínio onde Gakyia mora. Imagens aéreas revelaram movimentação frequente de pessoas no imóvel, que também funcionava como ponto de armazenamento e distribuição de drogas.

Segundo a polícia, o grupo pretendia atacar o promotor no percurso habitual até o local de trabalho, em Presidente Prudente, repetindo o mesmo método de vigilância utilizado para acompanhar a rotina do coordenador de presídios.

Drogas, celulares e objetos foram apreendidos com três homens nas diligências  pelas equipes envolvidas. Foto: Deinter 8

Três pessoas presas na operação

Durante a ação, três homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas, resultado direto das diligências realizadas pelas equipes envolvidas. As prisões reforçam o caráter abrangente da operação, que atuou de forma simultânea no combate ao crime organizado e em atividades ilícitas associadas.

O resultado da operação reforça que nenhuma ameaça contra o Estado e seus agentes será tolerada. Com inteligência, estratégia e ação coordenada, as forças de segurança demonstram que o crime organizado não encontrará espaço para se impor pela intimidação ou pela violência.

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